15 de dezembro de 2011

espíritu libre


Paul – Holly, estou apaixonado por
você.
Holly – E daí?
Paul –E daí?! E daí muita coisa. Eu a amo. Você me
pertence.
Holly – Não. As pessoas não se pertencem.
Paul – Claro que sim.
Holly – Ninguém vai me pôr em uma jaula.
Paul –Não quero colocá-la em uma jaula. Eu quero amá-la.
Holly – É a mesma coisa.
Paul – Não é não. Holly…
Holly – Não sou Holly. Não sou nem Lula Mae. Não sei quem eu sou. Sou como esse gato.
Somos dois coitados sem nome. Não pertencemos a ninguém e ninguém pertence a
nós. Nós nem sequer pertecemos um ao outro(…)
Paul –Sabe qual é o seu problema, Srta. Quem-quer-que-seja? Você é medrosa. Não tem
coragem. Tem medo de encarar a realidade e dizer “A vida é um fato. As pessoas
se apaixonam sim e pertencem umas às outras sim, porque esta é a única chance
que têm de serem realmente felizes”. Você acha que é um espírito livre, selvagem
e morre de medo de ser enjaulada. Bem, querida, você já está nessa jaula. Você
mesma a construiu. E ela não fica em Tulip, Texas ou em Somaliland. Ela está em
qualquer lugar que você vá. Porque não importa para onde você corra, você sempre
acaba trombando consigo mesma.

Um comentário:

Segura na mão de Deus